Sou Cecília Olliveira, jornalista, atleticana, co-fundadora do Intercept Brasil e diretora-fundadora do Instituto Fogo Cruzado. O jornalismo investigativo é minha obsessão e ao longo das últimas duas décadas busquei articular este ofício à produção de dados sobre violência urbana.

É a partir destes princípios que atuo profissionalmente.

No jornalismo, me dedico à cobertura do tráfico de drogas e de armas e a violência, especialmente a de grupos armados. Para contribuir com o fortalecimento do jornalismo que acredito, sou hoje diretora da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI.

Focando na cobertura sobre violência, sou membro da The Global Initiative Against Transnational Organized Crime e parte do Security Sector Reform (SSR) Advisory Network to the United Nations.

Como conselheira, estou no board do Institute for Integrated Transitions – como especialista do time do Programa Regional da América Latina e Caribe -, do Instituto de Estudos da Religião e da Agência Pública. Faço parte ainda do conselho consultivo da “Reframing Justice in Brazil”, projeto da Porticus Latin America, Oak Foundation and FrameWorks Institute, voltado para o sistema de justiça criminal.

Sou pós-graduada em Criminalidade e Segurança Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Políticas de Drogas, VIH y Derechos Humanos pela Universidade do Texas. Cursei também, como bolsista da Open Society em Londres, o Latin American Advocacy Fellowship Program on Drug Policy Reform. Fui também fellow da Shuttleworth Foundation, onde me dediquei a criar soluções inovadoras para o combate a violência armada com base em tecnologia e dados abertos.

Trabalhei como consultora para a Anistia Internacional, a LEAP Brasil e a Redes da Maré. Coordenei a comunicação do Programa de Redução da Violência Letal de Adolescentes e Jovens (PRVL), uma parceria do Unicef, Presidência da República e do Observatório de Favelas.

Frustrada com a falta de dados públicos, comecei a mapear os tiroteios na região metropolitana do Rio de Janeiro. Essa ideia se transformou no Fogo Cruzado, hoje um Instituto, que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada. Hoje, o FC está se espalhando por outras grandes municípios do Brasil, incluindo cidades na Amazônia.

Por conta da minha atuação, fui a única finalista latino-americana do Prêmio Repórteres Sem Fronteiras para a Imprensa de 2020, que celebra vozes intrépidas e corajosas na mídia global. Com as coberturas que fiz, tive trabalhos reconhecidos também em grandes premiações como OJAs – Online Journalism Awards, Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, Sim a Igualdade Racial, One World Media, Sigma Data Journalism, Prêmio Gabo, etc.

Recebi ainda uma homenagem do Prêmio Innovare pela ideia do Fogo Cruzado, que foi segundo colocado na categoria Justiça e Cidadania no 18º Prêmio, em 2021.